Prefeitura providencia compra emergencial para regularizar fornecimento de tiras de glicemia
Um atraso no processo de compra feito pelo Governo de Minas causou a falta de tiras para medição de glicemia nas farmácias municipais de Poços. Cerca de 1.200 pacientes retiram o material, fornecido como Componente Básico do Estado. No ano passado, o procedimento foi alterado, cumprindo a determinação CIB-SUS Nº 2.164, de 19 de agosto de 2015, da Secretaria de Estado de Saúde, que fixa normas de financiamento e execução do Componente Básico do Bloco da Assistência Farmacêutica no âmbito do SUS.
Baseado nisso, o Governo de Minas fez uma grande licitação, para maior compra e consequente redução no valor unitário das tiras. Para isto, foi aberta uma ata para adesão de todos os municípios. O prefeito Sérgio Azevedo formalizou a adesão em outubro, mas o Estado só validou o documento depois da assinatura de outros municípios o que teria gerado o desabastecimento. Aliado a isso, as empresas fornecedoras entraram em férias coletivas no final do ano.
Esta semana, com o retorno das atividades, a distribuidora responsável pelo fornecimento a Poços, informou que recebeu o pedido de compra do Estado somente no dia 8 de janeiro e prometeu a entrega para até o início de fevereiro. “Sabemos que é um prazo muito longo para a espera dos pacientes e por isso estamos tentando a compra emergencial, pelo município, até que este abastecimento seja normalizado. Importante ressaltar que não foi uma opção de Poços aguardar pelo fornecimento via ata do Estado, o procedimento faz parte de uma determinação e que portanto, tem cumprimento obrigatório”, explicou Flávio Togni de Lima e Silva, secretário adjunto de Saúde.
A última compra feita pelo município foi em outubro. O aumento no número de tiras utilizadas, especialmente no segundo semestre do ano passado, foi além do planejado pelo setor. Em 2016, foram 656.250 tiras. Em 2017, o consumo subiu 17,38%, passando para 770.350, o que representa em média, 64 mil tiras por mês. Os números incluem a dispensação feita aos pacientes nas farmácias municipais e também o material utilizado nos atendimentos da UPA, do Hospital Municipal Margarita Morales e das Unidades Básicas de Saúde.
“A maior longevidade da população e a crise econômica que gerou a migração de muitos usuários de planos de saúde para o SUS impactaram de forma significativa em todos os nossos serviços e os números mostram esta diferença em relação a anos anteriores. Estas mudanças pedem novos planejamentos de forma a garantir o atendimento pleno da população. Lamentamos os transtornos causados e estamos trabalhando para restabelecer o fornecimento das tiras de medição de glicemia, a exemplo do que fizemos com a insulina glargina, também fornecida pelo Estado mas que por uma ação nossa, teve o fornecimento garantido até fevereiro, na expectativa de que o Governo de Minas volte a atender estes pacientes”, finalizou o secretário adjunto de Saúde.