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Unidades de pronto-atendimento de Poços fazem uso do Protocolo de Manchester

Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e Margarita Morales, utilizam o sistema de classificação para priorizar o atendimento aos pacientes


Quem já foi atendido na UPA ou no Hospital Margarita Morales certamente já viu um banner colorido, com indicação da classificação de risco, baseada nos sintomas e nos relatos dos pacientes. Ela é necessária porque as unidades de pronto-atendimento recebem os mais diversos casos, desde o paciente com uma gripe até uma vítima de trauma, por exemplo.
A Portaria 2048 do Ministério da Saúde propõe a implantação nas unidades de atendimento de urgências, o acolhimento e a triagem classificatória de risco. De acordo com esta Portaria, o processo deve ser realizado por profissional de saúde, de nível superior, mediante treinamento especifico e utilização de protocolos pré-estabelecidos e tem por objetivo avaliar o grau de urgência das queixas dos pacientes, colocando-os em ordem de prioridade para o atendimento. Portanto, a Classificação de Risco é um instrumento para melhor organizar o fluxo de pacientes que procuram as portas de entrada de urgência/emergência, gerando um atendimento resolutivo e humanizado.
 
O Protocolo de Manchester recebeu este nome porque foi aplicado pela primeira vez em 1997 na cidade britânica de Manchester. Ele utiliza cinco cores: vermelho, laranja, amarelo, verde e azul. Cada uma representa um grau de gravidade e identifica o tempo ideal em que o doente deverá ser atendido. Se for considerado emergente (vermelho), o paciente entra de imediato no balcão a que se destina. Se for considerado muito urgente (laranja) ou urgente (amarelo), o paciente entra para uma sala de espera interna onde o médico o chama para ser observado e tratado. Se for um caso avaliado como pouco urgente (verde) ou não urgente (azul), o paciente aguarda na sala de espera a sua vez, que será assim que não houver doentes mais graves para serem tratados. “Os pacientes que recebem a classificação verde ou azul geralmente não ficam satisfeitos, reclamam, porque sabem que vão esperar mais em relação aos outros. Mas quem recebe esta classificação não prioritária pode ser atendido em uma unidade básica de saúde com mais rapidez, porque ele não é o paciente prioritário da urgência/emergência”, esclarece Dr. Ed Wilson, diretor da UPA.
 
Pelo Protocolo de Manchester, fica claro que uma vítima de um acidente de trânsito ou de complicações cardíacas terá prioridade sobre um paciente em estado gripal, por conta do risco de vida envolvido.  Soma-se a isso, dias de grande movimento,  em que são atendidas mais pessoas do que o comum. Nestes casos, o tempo de espera para atendimentos não prioritários pode ser ainda maior. Estados gripais, quadros de febre que se arrastam por dias, de dores de repetição ou com recorrência, podem ser atendidos nas unidades básicas, perto da casa do paciente e se necessário, encaminhados para os Núcleos de Especialidades. “Os médicos da Estratégia de Saúde da Família – ESF – realizam atendimentos a todos os pacientes da área, com capacidade para resolver até 80% dos problemas de saúde da população. São equipes multidiciplinares, espalhadas nas 36 unidades básicas que temos em funcionamento, atualmente”, explicou Camila Bacelar, coordenadora da Atenção Básica.
 
“É muito importante reforçar que o Protocolo de Manchester não é um instrumento de diagnóstico. Ele hierarquiza conforme a gravidade do paciente e determina prioridades de atendimento. O objetivo não é excluir, mas estratificar. Estamos aqui de portas abertas para atender a todos e é isto que nós fazemos, inclusive atendendo em alguns dias, mais que o dobro da nossa capacidade, quando recebemos até mil pessoas. Se os pacientes menos graves começarem a buscar outros meios onde podem ser também muito bem acolhidos, como nas unidades dos bairros, todos ganham com um atendimento mais ágil e de melhor qualidade”, finalizou o diretor da UPA.

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