Profissionais da rede municipal conhecem novas experiências de educação integral
Aproximadamente 260 profissionais que atuam na Educação Integral do município participaram, nesta quinta-feira (20), de um momento de estudo e reflexão sobre a prática educativa, coordenada pelo educador Alan Paes Candeia, do Centro Social Marista Irmão Justino, de São Paulo.
Os educadores do Programa Municipal da Juventude (PMJ) e do Programa Mais Educação tiveram a oportunidade de conhecer a experiência de educação integral desenvolvida no Centro Social, em São Miguel Paulista (SP).
Candeia, que coordena o projeto, esteve acompanhado da professora Telma de Jesus Fernandes e da educanda Karen Samyra dos Santos, que fizeram relatos de experiências desenvolvidas no local.
Com espaço aberto para o diálogo, os educadores de Poços puderam trocar ideias, impressões, além de sanar dúvidas sobre a metodologia e aplicabilidade do projeto. Alan fez um relato sobre o processo de implantação da experiência educacional exitosa. Em 2016, o Centro Social Marista Irmão Justino foi agraciado com o Prêmio Milton Santos, instituído pela Câmara Municipal de São Paulo, que visa reconhecer e valorizar projetos que promovem formas locais de organização e desenvolvimento social.
A professora do Centro Social, Telma Fernandes, falou do diferencial da concepção do projeto desenvolvido na instituição. “A nossa relação já começa a se estreitar a partir do momento em que recebemos esse educando no portão. Isso já qualifica o trabalho”, destaca.
A aluna Karen Santos contou aos presentes que os alunos são recebidos com abraços e que há um tempo de conversa antes do início das aulas. “É muito importante quando a gente chega num espaço em que os nossos educadores, aquelas pessoas nas quais a gente se espelha e que são uma inspiração para gente, dão tanto valor ao nosso toque, ao nosso abraço. É muito bonito isso e torna o trabalho muito mais gostoso”, relatou.
A secretária municipal de Educação, Flávia Vivaldi, ressaltou que é necessário provocar a reflexão para que a educação seja de fato integral. “É necessário provocar a reflexão”, afirmou.
Segundo a secretária, nas circunstâncias atuais, o diálogo ganha ainda mais importância no processo educativo. “Hoje, vivemos um momento em que os jovens estão buscando referências em jogos como o Baleia Azul, experimentando automutilação e querendo saber sobre suicídio. Só podemos refletir sobre isso se os alunos se sentirem à vontade para expor as curiosidades e preocupações deles”, afirmou.