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Estudo prevê plantio de 67 mil mudas no município
Prefeito e vice receberam estudo na tarde desta quinta, 18
Em coletiva realizada nesta quinta-feira (18), o prefeito Eloísio do Carmo Lourenço e o vice-prefeito Nizar El-Khatib, se reuniram com representantes da Fundação Jardim Botânico e do Departamento Municipal de Água e Esgoto. Em pauta, foi apresentado o relatório de dados com base no Termo de Cooperação Técnico-Científica “Fisionomia da Vegetação em Áreas de Captação dos Mananciais Hídricos”, firmado entre as instituições em novembro do ano passado.
O trabalho realizado pela equipe técnica do Jardim Botânico, em seis sub-bacias hidrográficas do município, concluiu que há necessidade de medidas de recuperação e reflorestamento nestas localidades. Conforme o resultado do relatório, fica estabelecido que, em 60 hectares (ha) no entorno de cinco áreas de captação, deverão ser plantadas cerca de 67 mil mudas de espécies florestais nativas do planalto, com o objetivo de preservar estabilidade geológica, biodiversidade e o fluxo gênico de fauna e flora.
Segundo o prefeito, Eloísio do Carmo Lourenço, esse termo de cooperação é inédito no município e muito adequado ao momento. “É a primeira vez que algo desse porte é feito na cidade e é de conhecimento da administração, a necessidade do cuidado com o meio ambiente dessas sub-bacias. A manutenção da flora dos mananciais irá ajudar a captação de água em momentos difíceis, como essa estiagem pela qual passamos”, concluiu.
Já o diretor do DMAE, Alan Assis, afirma que o estudo é importantíssimo para a real recomposição da qualidade da flora e da água. “O comprometimento na preservação dessas localidades trará melhor qualidade de vida ao cidadão e evitará problemas futuros”, afirmou
Confira abaixo o resultado do estudo para cada sub-bacia:
Marçal Santos
Das seis áreas investigadas, a única a não causar preocupação e necessitar de intervenção é a sub-bacia Marçal Santos que, de acordo com o relatório, tem área total de 2.977,6 ha, dos quais 212 ha constituem a área total da captação, e os técnicos não identificaram necessidade de recuperação.
Saturnino de Brito
A área tem o total de 3.635,2 ha e é, conforme apontado pelo relatório, motivo de grande preocupação para a recuperação vegetal, tendo em vista a exposição da área de captação, compreendida em 337 ha nos quais se faz necessária a intervenção em 28,4 ha com o plantio de 31.556 mudas da flora nativa.
Vai e Volta
A sub-bacia hidrográfica e captação do Córrego Vai e Volta é outra região que chama a atenção e necessita de cuidados consideráveis. Com área total de 490 ha, 152,9 ha correspondem à área de captação. Desta área, a conclusão do Termo de Cooperação é de que se faz necessária a recuperação de área correspondente a 14,8 ha, nos quais devem ser plantadas 16.444 mudas da flora nativa.
Várzea de Caldas
Não diferente é a situação da sub-bacia hidrográfica Várzea de Caldas, composta por 3.652,7 ha dos quais 377,0 ha formam a sua área total de captação e necessitam de recuperação em 16,4 ha com o plantio de 18.222 mudas.
Filtro José Alves
Localizado no alto da Rua Assis Figueiredo, aos pés da Serra de São Domingos. São 2.977 ha de área total da sub-bacia com 45 ha de área de captação, necessitando do plantio de 356 mudas nativas em apenas 0,3 ha.
Cipó/Antas
Esta sub-bacia tem área de captação de 21 ha inseridos no total de 7.825,3 ha. De acordo com os estudos, assim como ocorre na área do Filtro José Carlos, há necessidade de intervenção em apenas 0,3 ha e o plantio de 333 indivíduos da flora nativa.
